REFLETIR A MULHER
Os assassinatos da modelo Elisa Samudio e da advogada Mercia Nakashima, praticados com requintes de perversidade retoma discussões sobre a violência contra a mulher, muito embora as pesquisas tenham mostrado o crescimento diário dela e de maneira bem acentuada.
Nos últimos 10 anos uma media diária de 10 mulheres foram assassinadas no Brasil. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram mortas o que coloca o Brasil com taxas de assassinatos femininos bastante elevadas perdendo somente para países como África do Sul e Colômbia e outros subdesenvolvidos.
Se o percentual de assassinados é bem acentuado, os casos de lesões corporais, estupros, torturas, humilhações, abandonos, ofensas verbais e morais acabam se constituindo em pequenos assassinatos diários, contribuindo decisivamente para que as mulheres acabem por perder a referencia de cidadania. Apesar de ter crescido o numero de denuncias ainda é muito pequena diante da realidade cotidiana. A Lei Maria da Penha que veio para contribuir com a consciência das mulheres e inibir a violência contra os seus algozes, precisa ser mais trabalhada além de mudanças urgentes para a aplicação de punições mais severas aos criminosos.
ESTRANGEIROS JÁ DETÊM 30 MILHÕES DE
HECTARES DE TERRAS DO BRASIL
De acordo com o cadastro atual do Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no Maranhão existem 184 empresas estrangeiras proprietárias de 70 mil hectares de terras, mas na realidade deve ser muito mais.
Inúmeras delas se registram como sociedades anônimas ou compram a maior parte das ações de empresas brasileiras, sem alterar o cadastro no Incra. Estima-se que atualmente o capital estrangeiro controle mais de 30 milhões de hectares em todo o país, com tendências de um aumento maior diante da voracidade com que estão chegando às Regiões Norte e Nordeste do Brasil, principalmente asiáticos interessados em produzir alimentos para exportação.
ACAMPAMENTO EM DEFESA
DO POVO AWÁ-GUAJÁ
O Conselho Indigenista Missionário – CIMI, a Igreja Católica e varias entidades da sociedade civil organizada vão promover entre primeiro e três de agosto no município de Zé Doca, um acampamento em defesa do povo Awá-Guajá.
As suas terras ainda são interrogação na efetivação dos seus direitos, do meio ambiente e muito mais na preservação da sua cultura. Suas áreas são invadidas, desmatadas e nelas são praticadas violências, inclusive assassinatos.
Segundo as lideranças indígenas, as autoridades apesar de serem informadas das práticas criminosas nas reservas, principalmente no que concerne ao desmatamento, só aparecem quando os bandidos já se retiraram levando o que lhes interessa.
SEGURO – DESEMPREGO PARA
TRABALHADORES RURAIS
Com parecer favorável da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária esta sendo submetido a análise pela Comissão de Assuntos Sociais, em caráter terminativo o Projeto de Lei do Senado 577/2007. Ele dispõe sobre a concessão de seguro desemprego, em período de calamidade natural, a trabalhadores rurais individualmente ou em regime de economia familiar.
IGREJA CATOLICA DENUNCIA
VIOLENCIA E O GOVERNO CALA
O candidato ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa (PMDB), ao ser recebido em audiência pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Alberto Moura pediu para que a Igreja Católica apresente propostas para o seu programa de governo.
Imediatamente Dom Alberto registrou a necessidade de políticas mais ousadas para crianças e adolescentes, saneamento básico, investimentos para a produção de alimentos pela agricultura familiar e avanços na saúde pública.
O documento com as propostas será entregue ao candidato por uma comissão de religiosos e leigos. Aqui no Maranhão os três últimos governos receberam documentos da Igreja Católica e do Movimento Sindical Rural com pedidos de combate a grilagem e aos confrontos e conflitos pela posse da terra e jamais se posicionaram contra a violência praticada por latifundiários e grileiros do agronegócio.
MOVIMENTOS SOCIAIS
AGUARDAM BISPO DE BREJO
Os movimentos sociais da região do Baixo Parnaíba, que lutam contra as desigualdades sociais, a destruição do cerrado pelo capitalismo selvagem da soja, do eucalipto e do carvão, têm esperanças de que o novo bispo da Diocese de Brejo seja parte integrante das lutas em defesa do direito à terra para produzir alimentos e da dignidade humana. Dom José Valdeci Santos Mendes será ordenado bispo no dia 21 de agosto em Arari e tomará posse na Diocese de Brejo no dia 28 do mesmo mês.
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