quarta-feira, 30 de junho de 2010

"A candidatura de Flávio Dino será
vitoriosa", afirmou Arruda
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O senador Inácio Arruda (PCdoB/CE)disse, há pouco, que a candidatura de Flávio Dino (PCdoB/MA) tem o apoio de toda a direção nacional do partido comunista.
Inácio disse que é preciso renovar o modo de fazer política no estado e adotar um novo modelo de administrar o Maranhão para que ele se desenvolva com justiça.
Arruda disse não ter dúvidas de que a candidatura de Flávio Dino chegará ao segundo turno e será vitoriosa. Lembrou que o Maranhão deve acompanhar o crescimento econômico do Brasil provocado pelo governo Lula.
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A maioria do PT está com
Flávio Dino, garantiu Lobato
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"Nós do PT trouxemos a maioria do partido para acompanhar a sua candidatura, Flávio Dino”, disse Augusto Lobato, vice-presidente do PT Estadual durante a convenção estadual do PCdoB. Para Lobato, o PT é maior do que o Lula, do que a Direção Nacional e maior do que Sarney, que será derrotado nas próximas eleições com a candidatura de Flávio Dino.
“Se alguém tem alguma dívida a pagar com o Sarney, não somos nós”, disse Augusto Lobato, referindo-se à determinação do presidente Lula de garantir o apoio do Partido dos Trablhadores à governadora Roseana Sarney. "Quem ama o PT, quem ama o Maranhão vota Flávio Dino para governador", pregou Lobato.
http://www.flaviodino.com.br/novo/
PCdoB e PSB lançam candidatura
de Flávio Dino ao governo do MAA coligação conta, ainda, com o PPS, que
indicou a candidata a vice, Miosótis Lúcio.
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SÃO LUÍS – No início da noite desta quarta-feira (30), o PCdoB, PSB e o PPS lançaram oficialmente a candidatura ao governo do Estado do atual deputado federal maranhense Flávio Dino (PCdoB). O anúncio foi feito em convenção conjunta do PCdoB e PSB no auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa do Maranhão. Foi confirmado, também, após dias de negociação com o PPS, o nome da psicóloga e professora Miosótes Lúcio (PPS) como vice-governadora da chapa. Pela coligação majoritária PCdoB, PSB e PPS, foram confirmados o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o historiador e advogado Adonilson Lima (PCdoB) ao Senado Federal.
O apoio do PPS à candidatura de Flávio Dino (PCdoB) foi decidida na manhã de hoje, em convenção do partido em Bacabal. Por cinco votos a três, o partido decidiu abandonar a aliança com o PDT, PSDB e PTC, que tinha sido anunciada no último sábado (26), na convenção do PDT/PSDB.Na convenção, que teve início pouco depois das 17h e se encerrou às 19h40, militantes dos três partidos aliados, além de militantes do PT, que foram contra à coligação do partido com o PMDB. O senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, esteve presente na convenção representando a direção nacional do partido.
Candidato a senador, o ex-governador José Reinaldo Tavares falou sobre o desafio de apoiar a candidatura de Flávio Dino ao governo do Estado. “Estamos vivendo uma guerra [...], mas Flávio Dino está com o povo e o povo que mudança. Quem está aqui está com o povo e não pode ter medo de nada. É no Senado que se faz a política que matem o Maranhão dominado, mas é lá que nós vamos quebrar. É para lutar pelo Maranhão que queremos ir para lá. O Flávio Dino vai ser um governador de oportunidade, liberdade e de democracia”.
Destacando o papel da mulher na aliança e no possível governo de Flávio Dino, Miosótis Lúcio (PPS) falou sobre como poderá fazer a diferença. “O meu partido decidiu estar com Flávio Dino, e eu fico feliz porque é aqui que eu sempre quis estar! Aqui é a festa da democracia. [...] Como cada mulher que está aqui e que estão em casa, eu gosto de trabalhar muito, eu gosto da tripla jornada. E é assim que será, que farei. Mulheres sabem cuidar, e quando eu chegar no governo com o Flávio saberei cuidar do povo do Maranhão”, disse.
Por último, já no início da noite, Flávio Dino fez um discurso revelando que levou seis meses para decidir se seria candidato à reeleição a deputado federal ou a governador do Maranhão. “Tenhamos a dimensão deste momento. O Brasil está vendo esse momento. [...] Nós temos que respeitar o Maranhão, o povo do Maranhão. Por isso, aqui, fala e ação andam juntas. Eu acredito naquilo que digo e aquilo que digo eu faço no dia seguinte. [...] Estamos aqui pela renovação da política do Estado. E isso não significa idade. Temos que dar conteúdo a essa renovação. [...] Não basta querer, é preciso fazer, e precisamos de todos vocês que estão aqui! [...] Decidi com coragem a ser governador e é com coragem que a gente vai fazer campanha e ganhar eleição”, finalizou.
Roberta Gomes/ Imirante
Fotos: Biaman Prado/ O Estado

A vitória do povo começa hoje!

Grande Convenção

PSB - PC do B
2010.

É hoje, 30 de junho de 2010
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Auditório Fernando Falcão
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Das 8h às 16h
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Assembleia Legislativa do Maranhão
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Participem e vamos
juntos pra vitória!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Flávio Dino destaca necessidade de
reforma agrária e ensino técnico
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Dando prosseguimento à sua agenda de pré-campanha, o deputado federal e futuro candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, visitou mais três municípios no último final de semana. A comitiva liderada pelo deputado iniciou a agenda de compromissos na noite de sexta-feira, em São Luís Gonzaga. Flávio participou de ato político e de manifestações ligadas à Igreja em Capinzal do Norte e em Caxias.

Em São Luís Gonzaga, cidade de vinte mil habitantes distante 505 km da capital São Luís, Flávio Dino reconheceu e elogiou a luta camponesa da região. Ele também destacou a necessidade de reforma agrária. “Estamos aqui para discutir um projeto de Maranhão com justiça e terra para todos”, disse aos presentes.

O pré-candidato conheceu também a região de Capinzal do Norte, onde deverá ser instalada uma usina termelétrica movida a gás. Em discurso para os moradores da região e lideranças partidárias e de movimentos sociais, Flávio Dino destacou a necessidade de instalação de uma escola técnica na região, para qualificar a mão-de-obra local.
Governo monta representações
em 22 cidades atingidas
Partido Socialista Brasileiro - PSB
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Os 22 municípios mais castigados pelas fortes chuvas que castigaram Pernambuco passam a contar com uma “embaixada” do Governo do Estado em suas sedes. A implantação dos escritórios de gestão começou na última sexta-feira (25) e foi anunciada pelo governador Eduardo Campos durante reunião no Palácio do Campo das Princesas.

Cada escritório será coordenado por uma secretaria estadual e vai concentrar ao menos um representante de cada uma das 15 pastas envolvidas nos trabalhos de reconstrução das cidades. O objetivo da instalação dos pontos de atendimento é levar o Governo para mais perto da população permitindo um menor tempo de resposta às demandas de cada município.

Ao falar para os secretários e outros integrantes do Governo, Eduardo cobrou empenho total. ”É preciso conquistar a confiança dessas pessoas que perderam quase tudo. Quem quiser pegar às 7h e largar às 11h para assistir jogo do Brasil nem vá. Quero plantão! Eu vou ser pouco tolerante neste aspecto. Só assine esse contrato quem for com alma”, alertou.

O governador vai acompanhar as atividades dos 22 escritórios do Gabinete de Crise montado no segundo andar do Palácio e que funciona 24 horas desde a ultima terça-feira (23/06). A proposta do Governo é implantar os escritórios locais nas 39 cidades que decretaram estado de calamidade pública (9) ou situação de emergência (30).
Assessoria de Comunicação Social do Governo de Pernambuco

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Drogas e Cultura: Novas Perspectivas”
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O livro “Drogas e Cultura: novas perspectivas” será lançado hoje, segunda-feira, 28 de junho, às 19h, no Restaurante Cantinho da Estrela (Rua do Giz, 175 – Praia Grande/ Em frente à Praça Valdelino Cécio).

A publicação, apoiada e financiada pelo Ministério da Cultura (MinC), contribui para o debate público sobre as drogas, à medida que não se restringe aos aspectos biomédicos dos produtos e de suas propriedades.

Mais de 1.120 conselheiros e ex-conselheiros tutelares e de direito que desenvolvem atividades em prol de crianças e adolescentes em todo o estado já foram capacitados pela Escola de Governo do Maranhão (EGMA), por meio do Programa de Gestão Compartilhada.

Os dados são da Secretaria de Estado da Administração e Previdência Social (Seaps).
http://www.jornalpequeno.com.br/2010/6/26/informe-jp-122534.htm
Propriedade da Terra em Jogo
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Entre os dias 1º e 7 de setembro deste ano acontecerá o
Plebiscito da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra.
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No Maranhão a organização e a mobilização estão envolvendo, entre outros, a CPT (Comissão Pastoral da Terra), o MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), ASP (Associação de Saúde da Periferia) e as Irmãs de Notre Dame.


domingo, 27 de junho de 2010

CONSELHOS TUTELARES NA LUTA
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O livro “Drogas e Cultura: novas perspectivas” será lançado na próxima segunda-feira, 28 de junho, às 19h, no Restaurante Cantinho da Estrela (Rua do Giz, 175 – Praia Grande/ Em frente à Praça Valdelino Cécio).

A publicação, apoiada e financiada pelo Ministério da Cultura (MinC), contribui para o debate público sobre as drogas, à medida que não se restringe aos aspectos biomédicos dos produtos e de suas propriedades.

Mais de 1.120 conselheiros e ex-conselheiros tutelares e de direito que desenvolvem atividades em prol de crianças e adolescentes em todo o estado já foram capacitados pela Escola de Governo do Maranhão (EGMA), por meio do Programa de Gestão Compartilhada.

Os dados são da Secretaria de Estado da Administração e Previdência Social (Seaps).

http://www.jornalpequeno.com.br/2010/6/26/informe-jp-122534.htm
PPS vai com Flávio Dino,
afirma Altemar Lima
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Membro do Diretório Estadual do PPS, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Alto Alegre do Pindaré, Altemar Lima, informou agora há pouco no Twitter que o seu partido vai com Flávio Dino ao cargo de governador no Maranhão, informa o blog do jornalista Luis Cardoso.
“O PPS não é e não será sub legenda de nenhum outro partido! Vamos com Flávio Dino! Na coligação PDT/ PSDB não houve espaço para o PPS!”, declarou. Clique aqui e leia mais.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A FORÇA DA AGRICULTURA
FAMILIAR NO BRASIL
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No Brasil, há mais de 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares, que respondem pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros.

O Censo do IBGE/2006 aponta que a agricultura familiar é responsável por sete em cada dez ocupações no meio rural, contando com apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos rurais.

Os agricultores familiares produzem 87% da mandioca consumida no Brasil, 70% do feijão, 58% do leite e 46% do milho.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA
FAMILIAR NO MARANHÃO
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O Censo agropecuário 2006, esclarece a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do país.
· A agricultura familiar contribui com 10% do PIB Nacional;
· 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros/brasileiras são produzidos pela agricultura familiar;
· É responsável por 88,68% da produção de arroz, 84,6% do feijão caupi, 85,5% da mandioca, 78,4% do milho, 55% do leite de vaca, 86% dos suínos.
· No Maranhão 86% das pessoas ocupadas na agricultura, estão nos estabelecimentos familiares, em cada 100 hectares, este setor gera trabalho para 15 pessoas, enquanto a agricultura patronal, emprega apenas duas.
De acordo com o Censo agropecuário 2006, embora 91,31% dos estabelecimentos rurais sejam classificados como familiares, ocupam apenas 34,79% do total de terras no Maranhão.
Do outro lado estão os agricultores patronais, com 8,69% das propriedades, ocupando aproximadamente 66% da terras. Desta forma, a grande maioria dos trabalhadores e
trabalhadoras do Estado, não têm acesso a terra, ao crédito agricóla, assistência técnica, tecnologia, e esses, são apenas alguns dos muitos entraves que empedem a produção de alimentos no Maranhão.
Pensando nesta realidade, o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais no Maranhão, coordenados pela Fetaema e Contag, continuará lutando pela reforma agrária, ampliação das políticas públicas e um desenvolvimento rural sustentável e solidário.
(Fonte: Fetaema)
Números do Plano Safra são
comemorados pela Agricultura FamiliarPlano Safra 2010/2011 é anunciado
oficialmente pelo Governo Federal
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O ato aconteceu na VII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária –
Brasil Rural Contemporâneo, na Concha Acústica, em Brasília.
O presidente da Contag, Alberto Broch,
representou trabalhadores e trabalhadoras rurais.
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Estiveram presentes na solenidade o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, além de parlamentares e representantes de diversos movimentos sociais. Alberto Broch falou em nome do MSTTR. Secretários da executiva da Contag e dirigentes sindicais de todas as federações também assistiram à solenidade.
Os recursos disponíveis para custeio, investimento e comercialização do Pronaf é de R$ 16 bilhões (R$ 1 bilhão a mais que no ano passado). Houve também alteração dos limites de financiamento: Pronaf Jovem e Semiárido passaram de R$7mil para R$10mil; Agroindústria, de R$18mil para até R$ 20mil.
Houve implementos importantes no Programa Mais Alimentos. Além de se tornar um programa permanente, o limite de financiamentos aumentou de R$ 100 mil para R$ 130mil, e uma novidade é o limite de até R$ 500 mil para projetos coletivos.
Foram reforçados também o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em sua fala, Alberto Broch disse que o Plano Safra consolida ano a ano as políticas públicas conquistadas pela agricultura familiar.
Segundo Broch, as conquistas se deram porque o MSTTR conseguiu pautar e dialogar com o governo. “Nossa história é marcada por inúmeras ocupações de ministérios para conseguir uma audiência. No Grito da Terra desse ano conversamos com 18 ministros em 10 dias”, disse – ao reconhecer publicamente o comprometimento do governo federal ao fortalecer o MDA.
O ministro Guilherme Cassel fez um resgate de todos os planos de safra e disse que os últimos anos serviram para inserir o termo ‘agricultura familiar‘ no vocabulário do brasileiro. O presidente Lula, no lançamento do último plano safra de seu governo, ressaltou a abertura de diálogo dada aos movimentos sociais pelo governo e também falou da importância do programa ‘Luz para todos’, que, segundo ele, sempre foi alvo de muitas criticas e hoje é responsável pelo circulo virtuoso da economia em muitos lugares do País.
A força da Agricultura Familiar
O Brasil Rural Contemporâneo é o maior evento da América Latina de exposição e venda de produtos da agricultura familiar. Ao todo, nas seis edições realizadas desde 2004 – quatro em Brasília (DF) e duas no Rio de Janeiro (RJ) – cerca de 700 mil pessoas compraram e saborearam produtos e se deliciaram com espetáculos e apresentações culturais. Em maio deste ano foi realizada uma edição especial em Porto Alegre (RS). Montada no Cais do Porto, a feira recebeu cerca de 160 mil visitantes e proporcionou negócios de R$ 11 milhões.
A feira reflete a importância do setor para a economia do País. No Brasil, há mais de 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares, que respondem pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros.
O Censo do IBGE/2006 aponta que a agricultura familiar é responsável por sete em cada dez ocupações no meio rural, contando com apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos rurais. Os agricultores familiares produzem 87% da mandioca consumida no Brasil, 70% do feijão, 58% do leite e 46% do milho.
O Brasil Rural Contemporâneo é um evento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Incra, com os seguintes patrocínios: Petrobras, Sebrae, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, BNDES, Eletrobrás, Itaipu Binacional, Sebrae, Anfavea, Ufrabio e Itambé. Ele conta com apoio do Instituto LatinoAmérica para o Desenvolvimento da Educação, Ciência, Arte e Cultura, além do Governo do Distrito Federal.
Fonte: Site da CONTAG e Suzana Campos, com informações do MDA

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ENTREVISTA
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Adhemar Lopes de Almeida
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Secretário de Reordenamento Agrário
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Criado no governo Lula, em 2003, para diminuir a pobreza no campo e melhorar a qualidade de vida dos(as) trabalhadores(as) rurais, o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) é executado pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA) do Ministério do desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com os governos estaduais, os Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável e movimentos sociais que representam a agricultura familiar, como a Contag.
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O secretário de Reordenamento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida, fez um balanço do programa na 42ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). Nessa entrevista, ele faz uma avaliação do PNCF, fala da parceria com a Contag e das novas condições de financiamento.
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Secretário, qual a avaliação que o senhor faz desse quase oito anos de execução do Programa Nacional do Crédito Fundiário?
Nossa avaliação foi pautada pela constatação de que o crédito fundiário nesse período do governo Lula se consolidou como política complementar de aceso a terra. Nós atendemos nesse período um pouco mais de 80 mil famílias destinando um pouco mais de R$ 1.3 milhões de hectares para ser financiado, num investimento de mais de R$ 2,1 bilhões, sendo 25% desses recursos – pouco mais de R$500 milhões, foram recursos não reembolsáveis.
Em termos de transferência de riquezas, porque nós estamos falando de patrimônio, de terra – o programa conseguiu ter um resultado bastante satisfatório nesse período do governo lula e os resultados também são satisfatórios.

Quais foram os impactos para as famílias beneficiadas pelo programa?
Nós fazemos avaliação periódica do programa a partir de pesquisas externas, que são contratadas e agem com total independência. Alguns projetos são acompanhados periodicamente e podemos verificar que todos os projetos contam hoje com casa de alvenaria, houve um aumento na renda, triplicou a renda das famílias beneficiadas pelo programa num período de dois anos – que foi o período do estudo que foi feito – todas as famílias contam na sua grande maioria com água de boa qualidade e suficiente para atendimento para todos. Ou seja, o programa começa a se consolidar tanto em numero de famílias atendidas (80 mil), como nos seus impactos e efetividades.

Houve mudanças nas condições de financiamentos. O teto de financiamento por família que era de R$ 40 mil passou para até R$ 80mil. Diante dessas mudanças, quais as perspectivas do programa?

Isso é uma vitória que os trabalhadores(as) rurais, a Contag, o movimento sindical com suas federações e sindicatos podem comemorar. Foi um percurso grande de diálogo, estudo e convencimento até que conseguíssemos chegar a essa resolução do Conselho Monetário que conseguiu dobrar o teto de financiamento. É bem verdade que serão definidos tetos regionais, abaixo de R$ 80 mil, mas o teto máximo chegará até 80 mil.
E mais do que isso: o período de financiamento que antes era de até 17 anos, agora vai até 20 anos; a carência para pagamento da primeira parcela que era de 2 anos, agora é de 3 anos. Também houve incremento no rebatimento das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, que variavam 18% a 25% e agora todas estão unificada em 28%.
Houve melhora geral no programa que nos abre uma perspectiva da gente conseguir reverter uma tendência que vinha nos preocupando no programa que era de começar a adquirir as piores áreas, porque o teto de financiamento estava muito achatado com 40 mil reais e agora com 80 mil nós vamos poder voltar a disputar as melhores propriedades, as mais bem colocadas e produtivas, e certamente vai dar uma capacidade de desenvolvimento ainda melhor pro programa.

Como o senhor analisa a parceria da SRA com a Contag?
Isso é importante porque o Crédito Fundiário existe porque temos organizações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e da agricultura familiar. O PNCF sem esse elemento, da participação dessas organizações, tenderia a se transformar numa mera linha de financiamento, mas não, o PNCF é um programa de combate a pobreza no meio rural e vem mostrando a sai eficácia para isso. E por isso é importante o movimento sindical estar organizando e mobilizando as famílias que vão ser beneficiadas pelo programa.
A Contag hoje responde por quase 40% de todas as famílias que demandam o financiamento pelo programa. Das 51 mil famílias que tem propostas tramitando no sistema do Crédito Fundiário 19 mil famílias são organizadas pelo sistema da entidade. Isso dá a dimensão da participação da Contag no processo de execução, do controle social e da qualidade das propostas, da negociação dos projetos produtivos que serão elaborados.

Como tem sido a participação da juventude do campo e das mulheres rurais no PNCF?
Das 80 mil famílias atendidas pelo Crédito Fundiário, quase 50% estão na faixa etária de até 28 anos. Isso significa que o PNCF é uma política que a juventude abraçou e vem , que nos ajuda na execução do campo. Também é importante chamar a atenção para a participação das mulheres no programa.
Se fizermos uma comparação em termo de quem chefia as unidades produtivas na agricultura familiar, o Censo Agropecuário 2006 aponta para uma percentagem em torno de 14% de estabelecimentos chefiados por mulheres.
No caso do Crédito Fundiário esse percentual chega a quase 18%. Então, percebemos que tanto no caso da juventude, como no caso da participação e do espaço das mulheres do campo brasileiro, o Crédito Fundiário vem se demonstrando uma alternativa. E isso só é possível, porque contamos com organizações, como a Contag, no processo de execução e controle social do PNCF.

Secretário, como o MSTTR pode estar contribuindo para aprimoramento desse programa?
Temos um grande desafio. Se olharmos as novas condições de financiamento elas vão nos permitir uma escala de contração com amplitude muito maior. E, ao mesmo tempo que isso representa uma oportunidade, representa também um risco, de atrair setores que possa estar interessados em tirar proveito do programa, seja com superfaturamento de áreas, seja com atendimento de pessoas que não tem perfil.
É essa participação no controle social, no fazer a política pública chegar de fato a quem tem que chegar, ao trabalhador e a trabalhadora rural sem terra ou com pouca terra, para que eles possam adquirir propriedade numa dimensão adequada ao seu sustento. É essa a principal participação que o movimento sindical vai ter no próximo período do Crédito Fundiário.
Nas condições de financiamento tem ainda os adicionais para projetos ambientais e de convivência com a seca
Essa é uma grande preocupação que nós temos e uma sinalização nesse processo de aprimoramento do programa, anunciado no novo Plano Safra. O adicional ambiental que era de R$ 1,5 por família passou para R$ 3 mil e é uma clara sinalização da prioridade que damos, enquanto governo federal, e porque sentimos o retorno positivo na agricultura familiar, no que diz respeito às questões ambientais. Esses recursos servem para financiar projetos no Seminárido – como barragens subterrâneas e todo tipo de atividades estratégias de convivência com a seca -, e também para outras regiões que não são regiões de Semiárido, para que possam desenvolver projetos ambientalmente sustentáveis.

Fonte: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias
ACERVO HISTÓRICO
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Acervo digital de cultura negra
está disponível na internetEstá disponível na Web o acervo digital de cultura negra brasileira (Cultne) que ajuda a narrar
a história do negro no Brasil por meio de registros em vídeos feitos ao longo de décadas.
Com conteúdo social, cultural, musical, político e esportivo, o arquivo digital de cultura negra foi registrado pelas produtoras Enugbarijô e Cor da Pele, a partir dos anos 1980.
Além de assistir, os interessados podem se cadastrar e baixar todo o acervo para o computador, utilizando livremente o material em pesquisas, edições jornalísticas, projetos estudantis ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.
De acordo com os responsáveis pela iniciativa, além dos arquivos históricos, a página do Cultne hospedará novas produções em vídeo da cultura negra brasileira. Qualquer pessoa pode enviar materiais sobre o tema, em formato digital ou analógico.
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O acervo está disponível no endereço:
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terça-feira, 22 de junho de 2010

Unegro considera Estatuto da
Igualdade Racial um marco histórico
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Segundo o coordenador geral da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, a aprovação do estatuto irá contribuir para a unidade do povo brasileiro. “Este é um dia histórico para o movimento negro. Nenhum país do mundo possui uma carta parecida com o Estatuto da Igualdade Racial brasileiro”.
O coordenador da Unegro explicou ainda que mesmo com a retirada do artigo referente às cotas para negros na educação, a questão deverá ser novamente avaliada pela CCJ através de um outro projeto de lei (PL) que tramita no Senado. O projeto prevê a unificação do regime de cotas para o ingresso nas universidades federais e estaduais e nas instituições federais de ensino técnico (nível médio) – e já foi aprovado na Câmara dos Deputados.
Sobre a resistência que o estatuto encontrou dentro de setores do próprio movimento negro, França afirmou que foi aprovado um estatuto possível. “Não há como compensar com apenas uma lei um déficit de mais de 500 anos de desigualdade. Aprovamos um estatuto possível e não aquele que queríamos”.
Para a entidade, próximo passo é a regulamentação do estatudo. "A carta estabelece regras para todo o país. A partir de agora vamos cobrar e trabalhar para que elas sejam efetivamente aplicadas tanto nos estados, como nos municípios".
Ele ressaltou ainda que a aprovação encerra com chave de ouro os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O movimento negro irá sentir muita falta do governo Lula. Esperamos que a eleição de Dilma garanta a continuidade dos avanços” disse o coordenador geral da Unegro.
Joilson Cardoso faz balanço sobre o
primeiro ano da luta classista no DF
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Partido Socialista Brasileiro - PSBÀs vésperas de completar um ano da instalação do escritório da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em Brasília, o secretário Nacional Sindical do PSB e diretor de Políticas Sindicais e Relações Institucionais da CTB, Joilson Cardoso, conversou com o Portal da CTB sobre a atuação da central na luta classista em plena capital do País. Joilson abordou temas como: a terceirização, o reajuste para os aposentas e a luta da CTB no combate as práticas antissindicais. Acompanhe:
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Qual o balanço da atuação desse um ano de CTB no Distrito Federal?
Quando inauguramos o escritório da central aqui em Brasília, estávamos cientes da importância de intervirmos com maior firmeza no Congresso Nacional, que é onde as decisões fundamentais para a classe trabalhadora são tomadas e, passados 12 meses, podemos afirmar que essa meta está sendo plenamente cumprida.

A CTB esta permanentemente atuando em Brasília, onde vários e importante debates acontecem, inclusive, estamos instalados no escritório nacional da CTB em Brasília sob a coordenação da Secretaria Nacional de Política Sindical e Relações Institucionais e isso é crucial para o fortalecimento da luta pela ampliação dos direitos trabalhistas junto aos parlamentares.

A CTB está participando da conferência Internacional do Trabalho, da OIT, que está tratando sobre o trabalho decente. A terceirização por não cumprir as leis trabalhistas pode ser considerada trabalho decente?

A “onda” neoliberal das últimas duas décadas promoveu a precarização e a redução dos direitos trabalhistas, daí veio a intensificação da terceirização, por isso podemos incluí-la como prática contrária ao trabalho decente. O trabalhador terceirizado sempre é tratado à margem, como se o seu trabalho fosse secundário o que não é verdadeiro.

Existe alguma perspectiva quanto à deliberação de alguma norma específica para a terceirização?

Nossos esforços tem sido em duas frentes: a primeira, no Congresso Nacional lutamos para barra a aprovação dos famigerados PLs 4302/99 (autor FHC) e 4330/04 (autor Sandro Mabel – representante dos empresários), ambos inspirados na “onda neoliberal”, escancaram a terceirização para todos os setores, sem nenhuma regra de punição para as empresas; a segunda frente, unimos as centrais sindicais e negociamos com o governo em torno de um ante-projeto que proíbe a terceirização nas atividades fins das empresas, garante igualdade de direitos e condições de trabalho, negociação com o sindicato, responsabilidade solidária da tomadora de serviço e punição para a empresa que descumprir a lei.

Estamos numa fase de negociação com o Governo e envio da proposta para o Congresso.

Qual seu posicionamento quanto ao projeto do MTE de regulamentação da terceirização no Brasil?

Inicialmente o MTE, na gestão do Ministro Carlos Lupi, idealizou uma proposta de anteprojeto de lei que a CTB ficou contra, pois a proposta era ambígua e permitia a ampliação da terceirização, quando conseguimos “abortar” o anteprojeto do MTE e construir uma nova proposta aprovada pela comissão bi-partite, esta que está para ser enviada ao Congresso e que me referi anteriormente.

Portanto a CTB está empenhada em combater a precarização e a terceirização como prática de negar e reduzir direitos trabalhistas. Neste tema defendemos: restrição à terceirização, proibição da terceirização nas atividades fins das empresas, responsabilidade solidária (a empresa tomadora fica co-responsável com as obrigações trabalhistas e previdenciária, no caso da terceirizada não cumprir com suas obrigações), negociação com o sindicato, punição para os abusos das empresas.

Nesta semana, o presidente Lula deu sinais de que pode vetar o reajuste de 7,7% para aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O que você pensa sobre esse assunto?

Após negociações com o Governo Lula e o Congresso, na primeira rodada de negociação após longos debates que duraram mais de dez horas, com os Ministros Dulce e Pimentel, o Lider do Governo e as Centrais, a CTB foi a única Central, naquele momento, que não aceitou o chamado “acordão” das centrais e do governo, que dava um aumento rebaixado aos aposentados e re-editava o Fator Previdenciário. A recuperação das perdas das aposentadorias é uma luta que a CTB abraçou e venceu, juntamente com a COBAP. Não acreditamos que o presidente Lula vete o aumento dos aposentados no patamar de 7,7%.

A CTB planeja alguma ação para pressionar o presidente a não vetar esse reajuste?

A CTB, juntamente com as demais centrais, continuará afirmando para o presidente Lula que o aumento dos aposentados é fazer justiça para aqueles que tanto contribuíram para o País.
Continuaremos mobilizados junto aos aposentados e a COBAP no sentido de continuarmos as caravanas à Brasília, caso o projeto seja vetado, lutaremos para derrubar o veto.

Em relação às práticas antissindicais, o que está sendo discutido?

A CTB passou a compor o comando Nacional de Práticas Antissindicais das Centrais Sindicais. No momento estamos empenhados em consolidar o comando nos estados e ao mesmo tempo promovemos uma denúncia contra o Estado brasileiro, por práticas antissindicais junto à OIT. O objeto da denuncia é a ação contra a cobrança da taxa assistencial que enfraquece e inviabiliza os sindicatos, o interdito proibitório que impede o exercício da representação sindical e a violência contra sindicalistas com o aumento dos assassinatos.

Esta agenda, envolvendo vários temas sindicais, entre tantos outros que não citamos, tem envolvido e ocupado os dirigentes da CTB, no principal esforço que é a defesa dos sindicatos e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. (PSB nacional)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Começa curso para capacitar defensores
públicos sobre demandas de quilombolasJoão Carlos Nogueira, ministro interino da Seppir,
discursa na abertura do II Curso de Capacitação
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Foi aberto o II Curso de Capacitação para Defensores Públicos Federais no Atendimento às Comunidades Quilombolas. A solenidade, realizada no auditório do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, reuniu autoridades como a ministra Márcia Lopes, do Desenvolvimento Social, e o ministro interino da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), João Carlos Nogueira.
À platéia, formada basicamente por profissionais do Direito que participam do curso até 9/6, José Rômulo Plácido Sales, Presidente do Conselho Superior da Defensoria Pública da União, disse que a instituição da qual faz parte é a expressão e o instrumento do regime democrático, por exercer a defesa dos direitos de grupos socialmente vulneráveis, como é o caso dos quilombolas. “O Estado e a sociedade em geral têm uma enorme dívida com os quilombolas”, resumiu.
Definindo-se como mulher negra, quilombola, trabalhadora rural, nascida no Piauí, Maria Rosalina dos Santos, vereadora do município de Queimada Nova, integrou a mesa de abertura do curso representando a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais (Conaq). Ela afirmou que sua expectativa é de que o seminário não seja apenas um espaço de escuta. “Espero que possamos colaborar na construção e reconstrução da história dos quilombolas”, disse, elogiando o esforço da DPU em se aproximar da realidade vivida pelos quilombolas, pois perante muitas instituições continuam invisibilizados.
Em seu discurso, o ministro interino da SEPPIR, João Carlos Nogueira, lembrou que na década de 80, imaginava-se que existissem no país apenas 80 comunidades. “No entanto, atualmente as informações dão conta de que já são 3.524 mapeadas em todos os municípios brasileiros. Só no meu estado de origem, Santa Catarina, que é o estado com a menor densidade de negros do país (13.6%), sabemos que existem 34 comunidades remanescentes”, exemplificou.
A ministra Márcia Lopes disse que os 39 milhões de orçamento da pasta tem prioridade em ações voltadas aos quilombolas. Citou a Chamada Nutricional que está pesando e medindo crianças quilombolas de até 5 anos de idade, para avaliar suas condições de saúde. Ela informou também que no Programa Bolsa Família, há 25 mil 338 famílias quilombolas cadastradas. “Um curso como este renova o compromisso do país e do Governo Federal em atender às demandas dos quilombolas”, afirmou a ministra.
Ao final da solenidade, a SEPPIR e a DPU assinaram um termo aditivo ao acordo de cooperação técnica, ampliando o prazo de vigência da parceria, iniciada no ano passado, em torno da capacitação dos defensores para que possam lidar com as peculiaridades da temática, que envolve aspectos como territorialidade e regularização fundiária, conscientização sobre o direito a políticas públicas. O acordo foi estendido até julho de 2011, o que permitirá novas iniciativas conjuntas.
Fonte: Extraído do site da SEPPIR/PR, em 09/06/10.

domingo, 20 de junho de 2010

Para movimento negro, Estatuto da Igualdade Racial
perde força com a retirada de pontos importantes
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Roberta Lopes
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Repórter da Agência Brasil
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O Estatuto da Igualdade Racial é um instrumento legal importante, mas perdeu a força por deixar de fora pontos importantes para o movimento negro, como as cotas nas universidades e nos partidos políticos e as políticas para a saúde negra, afirmou hoje (17/06/10) a coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) do Distrito Federal, Jacira da Silva. O texto foi aprovado pelo Senado na noite de ontem (16/06/10).

Para ela, o texto aprovado, que vai para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma versão descaracterizada do texto original. “Em nome da negociação se chegou a essa versão final. Como instrumento legal é muito importante, mas se retirou quatro ou mais itens que eram a espinha dorsal do estatuto. É uma ação na contramão da política do governo”, analisou.

Jacira se refere à questão das cotas para negros dentro dos partidos políticos, das cotas raciais em universidades, da política de saúde e da questão da posse da terra para comunidades remanescentes de quilombos. Esses pontos foram retirados por meio de acordo para que a votação no plenário do Senado Federal ocorresse.

De acordo com Jacira, a garantia das cotas raciais é importante para reduzir disparidades. “As universidades federais e as não federais já adotaram o sistema de cotas raciais, e digo cotas raciais porque as cotas sociais permeiam qualquer tipo de discriminação, e a questão etnororacial está presente desde a época da abolição da escravatura no Brasil", afirmou.

Sobre as políticas para saúde, ela destacou a existência de doenças que têm maior incidência na população negra. “Estamos reivindicando, como direito de cidadania, uma política para saúde voltada para as incidências de doenças e prevenções que acometem a população negra. É uma questão genética e não política”, observou.

A médica e Coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde da População Negra, Jurema Werneck, afirmou que a maior parte dos problemas de saúde que afetam a população negra está direta ou indiretamente ligada ao preconceito. “No caso das mulheres grávidas, por exemplo, nós temos os casos de hipertensão, que afetam mais mulheres negras”, explicou.

Ela disse ainda que as mulheres negras, quando expostas à discriminação, acabam não tendo acesso a meios de prevenção de doenças e a um pré-natal de qualidade. “Muitas vezes também não são repassadas informações de maneira correta. Elas enfrentam muitas dificuldades que estão relacionadas ao preconceito racial”, observou.

Outro ponto importante para o movimento negro que foi suprimido no texto final foi a questão da posse da terra. De acordo com Jacira, grileiros e “coronéis” estão tomando as terras e empreendimentos como hidrelétricas estão “expulsando” populações remanescentes de quilombos que estão há mais de 200 anos no local.

Jacira disse ainda que é uma responsabilidade de todos os parlamentares aprovar as leis que estão em tramitação no Congresso Nacional, como a que diz respeito a cotas raciais nas universidade, para preencher as lacunas deixadas pelos pontos que ficaram de fora do estatuto.

“A sociedade precisa desses mecanismos e precisamos que as leis que estão no Congresso sejam aprovadas para garantir nossa liberdade de expressão, de defender socialmente nosso direito à saúde, educação, que são direitos vitais garantidos pela Constituição Federal”, disse.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: Extraído do site da Agência Brasil, em 17/06/10.
Vem ai...
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2º Festival Nacional
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da Juventude Rural
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Do site da Contag..
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Durante o 10º Congresso da CONTAG (Brasília - 2009), os/as trabalhadores e trabalhadoras que compõem o MSTTR (Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais) reafirmaram a importância da realização dos Festivais Nacionais da Juventude Rural, a cada 3 anos. Mas, não podemos esquecer que desde 2005, o 9º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, já havia deliberado pela realização do Festival Nacional. Isso, é resultado da organização da juventude rural e da relevância do debate juvenil para o sistema CONTAG.

Dessa forma, as experiências dos Festivais da Juventude Rural têm crescido em todos os quatro cantos do nosso imenso Brasil, seja nos níveis municipais, regionais, estaduais ou nacional. Os Festivais vêm assumindo diferentes cores, sotaques, debates e trocas, e dessa maneira, em todos eles, estão estampadas as bandeiras da juventude rural, por melhores condições de vida, para permanecer no campo. Por meio desses eventos, construímos propostas para dentro e fora do MSTTR, reforçando o princípio de que a organização da juventude rural fortalece o movimento sindical, e o mantém, vivo, renovado e de luta.

Estamos muito próximos da realização desta grande ação nacional dos/as jovens do campo:
O II Festival Nacional da Juventude Rural, que acontecerá no período de 07 a 10 de junho de 2010, em Brasília, com o tema Sucessão Rural com Terra e Políticas Públicas, Meio Ambiente Sustentável, Trabalho e Renda.
Para que esta ação tenha a força e a representatividade da juventude rural, precisamos organizar a juventude da base, na intenção de ampliar e descentralizar o debate político.

Queremos permanecer valorizando, neste II Festival Nacional da Juventude Rural, o seu caráter formativo, negociador, cultural e esportivo, entendendo que essas diferentes linguagens nos ajudam a reconhecer e afirmar nossa identidade enquanto jovens do campo. Dessa forma, é fundamental que sejam garantidos, além dos espaços de debate político e de negociação, os momentos de valorização das produções culturais juvenis e de vivências esportivas. Por isso, é preciso animar e envolver os grupos culturais das comunidades rurais, para que festejemos as nossas tradições e linguagens, bem como, a juventude que se identifica com as atividades esportivas do campo, para que possamos reforçar os sentimentos de cooperação e sociabilidade.

Contamos com as nossas Federações e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, para mobilizar a juventude e promover este espaço político. Contamos especialmente com você, jovem, para que possamos fazer deste Festival, mais um marco da organização e luta da juventude rural!
Bom trabalho para todos/as!!!
Ângela Silva
Secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – em exercício
QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA
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Um novo jeito de fazer cinema
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Amy Loren
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Rúbia Karla Oliota *
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Especial para O Alternativo
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A cineasta paulistana Eliane Caffé, reconhecida pela produção do filme “Narradores de Javé”, está em terras maranhenses para desenvolver seu mais novo trabalho, o doc-ficção “O Céu Sem Eternidade”. A diretora chegou a Alcântara em maio desse ano, e pretende terminar as filmagens em três meses, no final de Julho. O enredo do longa-metragem traz o fervoroso conflito de terras vivenciado pelos quilombos do município e a empresa estatal binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).
Tomando como pano de fundo as problemáticas desse contexto, o projeto de Eliane Caffé, inicialmente, estaria focado na criação de uma polifonia. Um “diálogo” entre a leitura que os quilombolas (de Trajano, Pepital e Mamuna) e os cientistas da base espacial fazem do céu.
Na prática, a cineasta conta que a realidade produtiva tem sido diferente e que, devido a algumas circunstâncias, ela está tendo que se adaptar: “Ao longo do caminho vamos encontrando resistências, adversidades que precisamos respeitar, no sentido que temos que saber ler para reconfigurar nossa idéia inicial sem perder o interesse”, explica.
O mais interessante da produção é a metodologia inovadora utilizada. A idéia é fazer um filme que seja fruto da experiência coletiva. Ao contrário da produção tradicional, a direção do filme não estará concentrada em Eliane, mas todos aqueles que estão envolvidos plenamente no projeto participarão do núcleo dirigente. A intenção era criar um núcleo de dez pessoas das comunidades, que estariam à frente desta produção, além de cinco estudantes do projeto de extensão de Comunicação Social da UFMA, criado para a oportunidade.
Mudança -Porém, por motivos circunstanciais, esse plano foi se alterando. “Começamos como um grupo, que foi se modificando na prática. Muitas pessoas que se interessaram pelo projeto não puderam se engajar por conta de compromissos diversos”, afirma Eliane Caffé. Somente no final do processo, o grupo que assumiu a condução diária do longa assinará a direção da obra.
A realidade antes imaginada e a realidade hoje vivida obrigam a cineasta a pensar uma nova angulação para o filme: “Cada dia é uma descoberta. Uma coisa interessante que percebi é que há uma diferença entre o grupo coeso das lideranças (Movimentos dos Atingidos pela Base Espacial) e o que encontramos nos povoados. A maneira de enfocar essa luta tem vários níveis.
O desafio é fazer com que esses discursos se cruzem sem cair no jornalismo”, esclarece.
Ao término das filmagens, todo o material coletado se tornará patrimônio para Alcântara. Todas as gravações serão convertidas em acervo disponível para livre exibição, além de aproveitamentos futuros.
Apesar de o filme não ser comercial, seu processo de distribuição pretende alcançar espaço no mundo cinematográfico. Com seu renome internacional, a cineasta Eliane Caffé promete trazer visibilidade à produção maranhense.
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*Rúbia Karla Oliota (rubia_oliota@hotmail.com) e Amy Loren(amylorensc@hotmail.com) são estudantes do curso de Comunicação Social da UFMA (Fonte: Alternativo/JEMA)

sábado, 19 de junho de 2010

Diretor da Fundação Palmares lamenta
exclusão das cotas raciais no novo estatuto
Brasília - Para o diretor de Proteção ao Patrimônio Afrobrasileiro da Fundação Palmares, Maurício Reis, o Estatuto da Igualdade Racial poderia ter aguardado mais tempo para ser votado no Senado. Assim seria possível garantir maior apoio aos pontos considerados polêmicos, como as cotas para negros em universidades e as políticas de saúde, que ficaram fora do texto aprovado.
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“Poderíamos amadurecer, não fazer da forma que foi feito, não votar [agora]. Poderíamos garantir que os pontos ditos polêmicos não ficassem de fora”, disse Reis. As cotas de acesso à universidade, para ele, fariam com que "essas pessoas tenham êxito no mercado de trabalho, que estejam qualificadas para competir de igual para igual".
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Em relação às políticas para a saúde da população negra, o diretor disse que a garantia de direitos é necessária porque há doenças, como a anemia falciforme (doença hereditária que altera os glóbulos vermelhos), cuja incidência é maior entre os negros. “É a população que mais sofre com essa doença. Então por que não ter um atendimento diferenciado?” questionou o diretor.
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Entre os pontos destacados pelo diretor como avanço estão a garantia de liberdade de culto religioso e a regularização das terras de remanescentes de quilombos. Reis explicou que o estatuto garante a regularização das terras quilombolas, mas há uma ação no Supremo Tribunal Federal que contesta a lei que regulamenta os procedimentos para demarcação dessas terras. O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado na noite de ontem (16) pelo Senado e vai à sanção presidencial
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Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
Saiba mais sobre o projeto aprovado pelo
Senado que cria Estatuto da Igualdade Racial
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Movimento Negro ficou dividido
O estatuto quer garantir à população negra a igualdade de oportunidades. Para ser aprovado, precisou passar por várias mudanças.
imprimir O Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

A aprovação do estatuto foi aplaudida no plenário do Senado por parlamentares e representantes de movimentos sociais.

Foram quase dez anos tramitando no Congresso e muita negociação. Para ser aprovado, o estatuto precisou passar por várias mudanças. Uma das principais foi retirar do papel o conceito de raça.

No texto, o relator manteve apenas a expressão cor porque, segundo ele, a ideia de raça fomenta o preconceito e discriminação. Entre os artigos retirados estão o que criava um sistema de cotas raciais nas universidades públicas; o que dava incentivos fiscais a empresas para a contratação de negros e o que abria a possibilidade para que os negros fossem indenizados pelo Estado em função do que viveram no passado.

“Eu defendo o meu país e não vou de forma alguma aprofundar a divisão racial no Brasil. Não vou jogar negros contra brancos. O meu objetivo é acudir aos mais pobres, independentemente da sua cor”, declarou o relator do projeto, senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O estatuto quer garantir à população negra a igualdade de oportunidades. Torna obrigatório o estudo de história geral da África e da população negra no Brasil; reconhece o direito à propriedade definitiva aos remanescentes de quilombos; prevê que o Estado vai garantir moradia à população negra que vive em favelas; e que sejam implantadas políticas de inclusão do negro no mercado de trabalho.

O ministro da Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, comemorou: “O avanço é extraordinário. O estatuto inclui muitas possibilidades pra que os negros e negras tenham as condições de terem avanços concretos, tendo em vista a promoção da igualdade racial”.

Já o movimento negro ficou dividido. “Do jeito que saiu não vai facilitar que a comunidade negra saia da situação econômica e social da qual secularmente foi colocada, ou seja, sem direito nenhum”, afirmou Cleide Ilda Lima Souza, da Coordenção Nacional das Entidades Negras.

“Ao longo da história do Brasil, os negros não tinham um documento que lhes assegurasse liberdade de direitos e oportunidades. Esse estatuto hoje marca isso pra nós: o reconhecimento de liberdade com direitos”, declarou o coordenador dos Agentes de Pastoral Negros, Nuno Coelho. (Jornal Nacional)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

PSB oficializa apoio a
Dilma Rousseff nas eleições
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Confira: .

Dutra, em greve de fome, chora na tribuna
da Câmara dos Deputados e critica o PT
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Em greve de fome desde a última sexta-feira por conta da decisão do PT de apoiar a reeleição de Roseana Sarney (PMDB), o deputado Domingos Dutra (PT) subiu à tribuna da Câmara para criticar o diretório nacional petista. Ele chegou a chorar durante o discurso.
“Eu vou morrer aqui para que se respeite a democracia. Entregaram o PT de mão beijada”, afirmou Dutra, que foi aplaudido pelos colegas. Nos seis minutos em que falou, o plenário ficou em silêncio. Ele mostrou uma algema que comprou para evitar que seja retirado da Casa.
O deputado classificou a atitude do PT de antidemocrática. Na semana passada, a direção nacional do PT revogou decisão do diretório maranhense, que aprovou apoio à candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo estadual. “Foi um processo sem quórum, sem rito. Desrespeitaram o estatuto, um diretório de merda”, disse. “Dilma vai ser eleita de qualquer forma, não precisamos do Sarney”, afirmou Dutra, referindo-se à posição do PT de fechar com a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em busca de votos para a candidata petista à Presidência.
Apoiado pelo PT do Maranhão, o deputado Flávio Dino saiu em defesa dos colegas em greve de fome. Além de Dutra, um dos fundadores do PT, Manoel da Conceição, e a ex-deputada federal Terezinha Fernandes (PT-MA), estão sem ingerir alimentos sólidos.
“Eu, que estou defendendo o governo há três anos e meio na Câmara, virei uma ameaça. Sou o aliado das horas difíceis. Coloquem a mão na consciência. Três fundadores estão denunciando uma violência política e jurídica cometida pela diretoria nacional, que desrespeitou seu estatuto”, defendeu Dino.
Os discursos de Dutra e Dino foram motivados por fala do deputado José Genoino (PT-SP), que criticou a oposição por usar o episódio para atacar o PT. “Não fico calado diante dessa alegria e desse processo para esgarçar o PT diante de uma decisão soberana do diretório nacional sobre uma escolha política”, afirmou Genoino.

Confira o vídeo:

Petistas do Maranhão vão ao TSE
contra decisão de apoiar Roseana
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Militantes querem que seja anulada a decisão da direção nacional do PT.
Há seis dias, deputado está em greve de fome na Câmara dos Deputados.
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Iara Lemos
Do G1, em Brasília
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Integrantes do PT do Maranhão ajuizaram um mandado de segurança junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (17). O grupo pede que seja concedida uma liminar anulando a resolução do diretório nacional do PT, que determinou o que partido apoie a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) ao governo do estado. O relator é o ministro Hamilton Carvalhido.
No pedido, os filiados e dirigentes estaduais alegam que participaram como delegados do encontro partidário que, anteriormente, deliberou pela coligação com o PSB e com o PCdoB, tendo como candidato a governador o deputado federal Flávio Dino (PCdoB). No pedido, eles afirmam que o órgão nacional de direção do PT “resolveu ignorar deliberação da instância regional e aprovar uma coligação estadual majoritária”.
Em protesto contra a decisão do diretório nacional, há cinco dias, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) e um dos fundadores do PT, Manoel da Conceição, estão em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados. Na quarta-feira (16), Manoel passou mal e foi atendido pelo serviço médico da Câmara. Ele retornou ao protesto na tarde desta quinta-feira.
Os dois só bebem água de coco, e levaram colchonetes para o plenário, onde estão dormindo. No dia em que a greve de fome começou, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ao G1 que a decisão do partido em apoiar Roseana Sarney não seria alterada.
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PT está virando sublegenda do PMDB,
diz deputado em greve de fome
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Domingos Dutra (PT) está sem comer alimentos sólidos desde sexta-feira (11).
PT retirou apoio de Flávio Dino (PCdoB) para apoiar Roseana Sarney (PMDB).
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Eduardo Bresciani
Do G1, em BrasíliaO deputado Domingos Dutra (PT-MA) no plenário da
Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (14)
(Foto: Eduardo Bresciani/G1)
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O deputado Domingos Dutra (PT-MA) segue em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados contra a decisão do diretório nacional do partido de retirar o apoio da legenda a Flávio Dino (PCdoB) e apoiar Roseana Sarney (PMDB) para o governo do Maranhão. O parlamentar está em greve de fome desde a tarde de sexta-feira (11) junto com fundador do partido no estado, Manuel da Conceição. Nesta segunda, Dutra (14) foi consultado cinco vezes por médicos da Casa.
Para Dutra, a decisão do diretório nacional é prejudicial ao partido. “Estão massacrando o PT. Estão transformando o PT numa sublegenda do PMDB.” O parlamentar critica a justificativa de que a aliança com a família Sarney se justifica para aumentar os apoios à presidenciável Dilma Rousseff (PT). O deputado afirma que a decisão do diretório foi “ilegal” e que estuda uma medida jurídica para tentar reverter a posição.
Dutra argumenta que não houve discussão no diretório nacional e que a aliança de Dino só tem partidos da base (PCdoB e PSB), enquanto a chapa de Roseana conta com partidos adversários no plano nacional (DEM e PV). Apesar de dizer que não considera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como inimigo, o parlamentar disse que Lula “está agora em outra galáxia". "O Lula não precisa mais vender camiseta, quebrar coco, fazer feijoada para conseguir levantar dinheiro para o partido, para a campanha”.
Domingos Dutra afirmou que manterá a greve de fome até a data final para que o PT mude a decisão da convenção, 30 de junho. Ele afirma, no entanto, que se for derrotado na Justiça pode desistir do protesto antes. O deputado já adiantou que se for mantida a posição de aliança com o PMDB no Maranhão, não tentará a candidatura à reeleição para a Câmara. Fonte G1

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Paim diz que Estatuto da Igualdade Racial é
um avanço, mas luta por cotas vai continuar
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O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto original do Estatuto da Igualdade Racial, disse, em entrevista à Agência Senado, concordar com a posição da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República (Sepir-PR), segundo a qual o estatuto representa um avanço, embora não contemple a política de cotas raciais.

- Ele [o estatuto] tem um valor simbólico que ilumina o caminho dos que lutam pela igualdade de direitos e por ações afirmativas - afirmou o senador, acrescentando que o estatuto dará "conforto legal" para que se avance na busca da regulamentação das cotas raciais.

Paulo Paim lamentou que o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Demostenes Torres (DEM-GO) tenha retirado artigo pelo qualo poder público estaria habilitado a conceder incentivos fiscais às empresas com mais de 20 empregados que mantivessem uma cota mínima de 20% de trabalhadores negros.

O senador manifestou sua expectativa na aprovação de projeto sobre cotas raciais (PLC 180/08) da deputada Nice Lobão (DEM-MA), que se encontra na CCJ. A relatora da matéria é a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). De acordo com o parlamentar, o projeto já foi bastante modificado, tanto na Câmara, onde tramitou por onze anos, quanto no Senado, onde gerou polêmica e teve sua votação adiada diversas vezes.

O senador considera como pontos positivos do estatuto o reconhecimento ao livre exercício de cultos religiosos e o direito dos remanescentes de quilombos às suas terras.
Cristina Vidigal / Agência Senado