domingo, 20 de março de 2011

Fundação Palmares reconhece comunidades
do Baixo Parnaíba como território quilombola
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Por Barack Fernandes
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Depois de 2 anos de luta pela titulação de terra, famílias das comunidades Barro Vermelho, Poço de Pedra e Prata dos Quirino em Chapadinha, receberam no setor de regularização de terra para comunidades quilombolas do INCRA, a certidão de auto definição, emitida pela Fundação Palmares. A companheira Vanda Silva, líder da comunidade do Barro Vermelho, e sócia do STTR de Chapadinha, destacou a importante conquista.
“Para mim é uma vitória, desde 1994 lutamos pelo direito daquelas terras, de lá para cá nunca paramos, pois acreditávamos que um dia teríamos o direito do que de fato é nosso”. Destacou Vanda Silva, líder da comunidade Barro Vermelho. Vanda que esteve recebendo o documento nos relatou vários problemas que as comunidades vêm sofrendo, como: ameaça de despejo de fazendeiros que se dizem donos da terra, prisões de pessoas da comunidade que resistiram as intimidações dos latifundiários, casas queimadas, animais mortos, etc.
Vanda, se emocionou ao falar de uma situação difícil, que uma dessas comunidades passou. Segundo ela, há três anos a única escola do Barro Vermelho, foi fechada por determinação da prefeitura, situação que tem obrigado as crianças andarem 16 km todos os dias até o colégio mais próximo no lugar chamado Baturité.
Por tantos anos de luta, de busca por um direito herdado, hoje (23), torna-se um dia especial para todos e todas do Barro Vermelho, Poço de Pedra e Prata dos Quirino. Uma data em que as mais de 100 famílias dos três povoados, podem planejar o futuro com mais tranqüilidade, pensar no resgate e valorização da cultura negra, continuar na busca por mais políticas públicas, saber que o que eles (as) plantarem na terra será colhido e não arrancado por jagunços, enfim, ter a esperança de que as futuras gerações colherão os frutos que a atual semeou.
Participação do MSTTR
O Movimento Sindical teve fundamental participação nesta conquista. Durante todos esses anos, o MSTTR foi uma das únicas portas de acesso dos quilombolas. A atual presidente de Chapadinha, companheira Dos Santos, nos informou que o sindicato por inúmeras vezes disponibilizou recursos para suprir necessidades com alimentação, transporte, hospedagem, e cedeu o auditório do STTR de Chapadinha para realização de palestras que fortalecessem a luta dos quilombolas no Baixo Parnaíba.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Embrapa estuda ‘maracujá
sacana’ em Ribamar
Maracujá cresce em formato de orgão sexual
masculino em Ribamar. Foto: Honório Moreira
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Do G1:
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São Paulo – Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão acompanhando, há pouco mais de um mês, o desenvolvimento de um maracujá que cresce em formato de órgão sexual masculino. O fruto foi plantado há dois anos pela dona de casa Maria Rodrigues de Aguiar Farias, 53 anos, em um balde, no quintal de sua casa, em São José de Ribamar (MA).

Segundo relato feito por ela aos pesquisadores da Embrapa, o fruto nasceu apenas em janeiro com o formato de pênis. “Ela nos disse que o maracujá surge no formato ovalado e depois se desenvolve com aquele formato. É a primeira vez que temos notícias de um fruto com essas características aqui no Maranhão”, disse Marcelo Cavallari, pesquisador de recursos genéticos vegetais da Embrapa.


Maracujá cresce em formato de orgão sexual masculino em Ribamar. Foto: Honório Moreira
Cavallari afirmou ainda que a dona de casa recebeu da filha a semente do maracujá. “Nenhuma das duas viu como era o fruto originário, o que poderia nos ajudar na pesquisa. Não temos como confirmar o que realmente aconteceu com o maracujá, mas acreditamos que possa se tratar de uma mutação genética. Como todos os frutos têm o mesmo formato, a

Os maracujás que estão no quintal da dona de casa têm a coloração verde. “O aspecto é saudável, não está doente. Tirando o formato, é sadio. O tempo de maturação costuma ser de um mês a um mês e meio, mas está demorando mais para amadurecer”, disse Cavallari.

Filomena Antonia de Carvalho, coordenadora de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão, visitou a casa de Maria Rodrigues ainda em janeiro deste ano. “Não temos condições de avaliar o que aconteceu com o maracujá, por isso acionamos os pesquisadores da Embrapa. Fizemos, então, uma segunda visita ao local com eles.”

“É bem grande, é bem grosso mesmo. Chega a ter entre 15 e 20 centímetros de comprimento. Não há motivo para que o maracujá não seja consumido por causa do formato, mas também não sabemos como é por dentro”, disse Cavallari.

Ele explicou que a existência do maracujá com formato de pênis chamou a atenção de moradores da região, o que teria assustado Maria Rodrigues e dificultando o acesso científico ao fruto. “Para que possamos fazer uma pesquisa mais detalhada sobre o que aconteceu com o maracujá, ela precisa assinar um termo de anuência prévia de provedor, o que nos permitirá fazermos análises com o fruto. Estamos em fase de conversação, já que ela está assustada com a movimentação na casa dela.

Cavallari disse que pode fazer uma pesquisa no Banco de Germoplasma “Flor da Paixão”, no Distrito Federal, que abriga a maior coleção de passifloras (maracujás) do mundo, segundo a Embrapa. O acervo é de mais de 150 espécies de maracujá. “Só fazendo um comparativo para poder entender melhor o que ocorreu com o fruto e saber se houve outros registros semelhantes no país”. (Blog do Décio)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Sete formas de reduzir a geração de lixo
Redação EcoD
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Os três famosos R´s de Reduzir, Reutilizar e Reciclar são descritos sempre nessa ordem por um motivo: evitar a geração de lixo é o primeiro e mais importante passo para diminuir todos os problemas gerados pelo excesso de resíduo do planeta. E para te ajudar a colocar esse principio em prática, listamos algumas formas simples e eficientes de reduzir o lixo produzido em sua casa. Confira:

Elimine os descartáveis de sua vida

Esse é o primeiro passo para se livrar do lixo. Hoje em dia consumimos coisas descartáveis diariamente sem nem perceber. É o saquinho do açúcar na padaria, o guardanapo, a embalagem do feijão preparado no almoço, o saquinho do picolé, o canudo e copo do refrigerante, e até a máquina fotográfica de alguns eventos. Pare um pouco e pense em quantas coisas você já jogou fora somente hoje?

Muitos produtos são feitos para serem jogados fora logo após o seu uso, mas isso tem causado consequências sérias para o planeta, como a exploração excessiva dos recursos naturais e a geração de toneladas de lixo que contamina o solo, o ar e os recursos hídricos, colocando inúmeras espécies em risco - inclusive a nossa.

Por isso é tão importante eliminar o máximo possível de descartáveis da sua vida. Assim, sempre que for consumir qualquer coisa, desde água no escritório até pratos e talheres na festa de aniversário do vizinho, observe se não existe uma alternativa que não seja descartável. Em vez do copinho plástico, beba a água em um copo ou caneca reaproveitável. Faça o mesmo com os talheres e pratos da festa e deixe o descartável de lado.

Compre a granel

Em vez de comprar alimentos em embalagens padronizadas, experimente comprar somente a quantidade que você precisa. Além de evitar as embalagens (plásticas, em sua maioria) você evita o desperdício ao levar para casa apenas o que você precisa.

Diversas feiras e supermercado dão a opção de compra a granel, alguns são até mais baratos que os tradicionais. É possível inclusive encontrar alimentos orgânicos vendidos em quantidade individual e com preços bem acessíveis. Outra dica é utilizar embalagens retornáveis (como aqueles sacos plásticos vedáveis) e utilizá-los sempre que for comprar determinado produto.

Invista em refil

Produtos com refil são grandes aliados na redução do lixo. Você compra apenas uma embalagem e a utiliza diversas vezes antes de reaproveitar ou encaminhar para a reciclagem.

Já que sua intenção é comprar o conteúdo, e não a embalagem, produtos com refil fazem todo o sentido. Para melhorar, os refis costumam ser mais baratos. Menos lixo, menos gastos e a mesma eficiência!

Recuse correspondências desnecessárias

Sabe aqueles cartões e catálogos de lojas que você sabe que nunca vai comprar? Ligue para a empresa e solicite o cancelamento. Faça isso o quanto antes e evite que novas correspondências sejam enviadas para a sua casa desnecessariamente.

Além de evitar a geração de lixo, você colabora com o clima do planeta, já que muitas dessas cartas são enviadas até a sua cidade em aviões que emitem toneladas de CO2 no planeta todos os anos.

E quando for enviar cartões de aniversário, natal e outras datas especiais, avalie as opções virtuais. O importante é a lembrança e a intenção de mandar o cartão. Hoje em dia já tem até quem envie convites virtuais, poupando dinheiro, tempo e evitando o lixo.

Leia jornais e revistas on-line

Uma forma de evitar o gasto de papel e tinta de revistas e jornais, além da energia e combustível utilizados para produzir e distribuir esses produtos, é lendo os conteúdos na internet. Muitas publicações já disponibilizam parte ou todas as informações em versões on-line, que podem até ser gratuitas.

Se forem pagas, vale a pena se informar dos valores e se tornar assinante de algum desses veículos. Além de reduzir o lixo você também tem a vantagem de ter acesso a esses conteúdos a qualquer momento e em qualquer lugar.

Conserte

Quebrou? Nada de jogar no lixo! Antes de recorrer ao primeiro coletor que encontrar no caminho, veja se não é possível reparar aquele produto ou equipamento. Procure uma assistência técnica, um especialista ou aquele amigo jeitosinho e veja se não dá para evitar esse lixo e, de quebra, economizar uma graninha!

Faça você mesmo

Cada vez que compra algo que você poderia ter feito, você está perdendo a oportunidade de reduzir o seu consumo. Desde o molho de tomate até o gloss natural, muitas coisas podem ser feitas em casa, como faziam nossas avós.

A redução do lixo é apenas uma das vantagens de aderir a essa prática. Saber detalhadamente tudo que foi utilizado naquele produto ou ainda poder dizer que foi você mesmo quem fez pode tornar tudo mais prazeroso.

Com essas dicas é possível fazer a sua parte e dar uma folga à lixeira. E lembre-se: se não foi possível evitar a geração de algum resíduo, tente reutiliza-lo antes de jogar fora, e recicle o que não puder reaproveitar.

(EcoD)

terça-feira, 1 de março de 2011

Sindicais da Baixada Maranhense e Baixada Oriental “2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável
com justiça , autonomia, igualdade e liberdade.”

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Por Barack Fernandes
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Na cidade de Itapecuru, no Baixo Parnaíba, o primeiro dia (23) foi marcado com uma reunião para discutir a agenda, entre outros assuntos do Pólo. Já nesta quinta feira (24) foi realizado o Lançamento da Marcha das Margaridas 2011, com a presença de aproximadamente 50 companheiras, que receberam orientações da secretária de Políticas Sociais da Fetaema, Rosmarí Malheiros; da assessora Hélica Araújo e coordenação do Pólo da Oriental. ”Sempre a Oriental participou com um bom número nos eventos de massa do Movimento Sindical, principalmente da Marcha das Margaridas. Aqui, nós já propomos levar 2 ônibus da Baixada Oriental para Brasília , pois entendemos, que é importante a presença das mulheres da região, no processo de construção, participação e negociação da pauta com o Governo Federal”, destacou a secretária de Políticas Sociais da Fetaema, Rosmarí Malheiros.

Na Baixada Maranhense o Lançamento da Marcha, começou nesta quinta feira (23), e se estenderá até (25), em uma área de assentamento (Povoada Agrovila) na cidade de Palmeirândia. Confirmaram presença aproximadamente 60 mulheres de 22 sindicatos de Trabalhadores (as) Rurais da região. No direcionamento dos trabalhos, ficaram a coordenadora de Mulheres, Adriana Oliveira, a coordenadora de Jovens, Ângela Maria e membros do Pólo e do Coletivo de Mulheres.

O Lançamento da Marcha das Margaridas nos Pólos tem como objetivo: mobilizar os trabalhadores (as) rurais e divulgar a importância na Marcha na garantia de direitos, traçando estratégias para captação de recursos que garantam a participação das mulheres de cada uma das regiões na Marcha das Margaridas.

Durante os Encontros, ainda estão sendo levantadas as principais problemáticas enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras rurais de cada uma das regiões, e ainda traçadas estratégias de enfrentamento desses problemas.