terça-feira, 30 de novembro de 2010

Governo Federal incentiva pesca e aquicultura
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Na região de Itajaí, os números referentes ao mercado de pescado têm dimensões gigantescas. São 700 embarcações associadas ao Sindicato das Indústrias de Pesca de Itajaí e região (Sindipi), 15 mil empregos diretos e mais de 50 mil indiretos. Localizada na Foz do Rio Itajaí Açú, às margens do Oceano Atlântico, a cidade apresenta localização estratégica e estrutura para atracação dos barcos pesqueiros que a tornam destaque no complexo de captura, recepção e processamento de pescado da América Latina. É o maior polo pesqueiro do País, responsável por 80% da produção brasileira de pescado congelado, pela maior frota pesqueira industrial e sede das maiores empresas do setor.

O Brasil é o grande expoente mundial da pesca e aquicultura, com capacidade para produzir 20 milhões de toneladas de peixe por ano, o que significaria um mercado de R$40 bilhões. No entanto, sua produção atual não ultrapassa um milhão de toneladas.

Embora nos últimos seis anos o brasileiro esteja aprendendo a comer peixe, o que aumentou em quase 40% o índice de consumo, os festejados 9 kg/pessoa/ano estão aquém do recomendado pela Organização Mundial da Saúde: 11 kg per capta/ano. O peixe ainda não compete com a carne bovina ou suína, embora seja mais saudável. O que mostram os índices, no entanto, é que este quadro tende a mudar.

Durante décadas, a produção pesqueira no Brasil não recebeu a devida atenção do governo e dos investidores, o que implicou em estagnação da produção. Uma vez iniciada uma campanha de incentivo à pesca e aquicultura, verificou-se, de 2007 para 2009, uma elevação de 60%, apenas na psicultura.
Por isso, após investir no agronegócio, o governo federal volta seus olhos para a pesca e aquicultura. Somente em 2010 foram investidos R$ 803 milhões no setor. Segundo o Ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, “Entre 2008 e 2011 estaremos investindo neste plano R$ 1,75 bilhão, sendo que pouco mais de 50% deste valor será para a melhoria da infraestrutura aquícola e pesqueira. Recursos vultosos também estão sendo aplicados na modernização da frota pesqueira, na assistência técnica, no ordenamento da pesca, na promoção comercial, na pesquisa e em muitos outros setores”.

Para atingir a meta de movimentar R$ 40 bilhões/ano, é necessária a modernização da frota e equipamentos, o aperfeiçoamento de técnicas e a formação de mão de obra qualificada. Esses são os objetivos da Aquapescabrasil, Feira Internacional da Pesca e Aquicultura, que vai facilitar o acesso a toda cadeia logística, incentivar o setor e promover um intercâmbio com pesquisadores e empresários do ramo, oriundos do mundo inteiro, que vão compartilhar técnicas e experiência. Personalidades importantes do ramo já confirmaram presença, como o espanhol Juan Manuel Vieites Baptista de Sousa, secretário geral da ANFACO CECOPESCA, e o vice-Ministro da Pesca e Gerência Costeira da Noruega, Vidar Ulriksen.

Do ponto de vista econômico, a Aquapescabrasil também se destaca. A China formou uma comitiva com 12 empresários que visitarão a feira em busca de oportunidades de negócio. Os maiores compradores do mercado, como o Walmart, também estarão presentes. A feira conta com uma grande exposição de fornecedores nacionais, como a Rádio Naval, Atum do Brasil, Brusinox, Madefrio e Metal Bahia, e internacionais, como as chilenas Marea Alta, Ocean Tech, Vaki, Acuitechno e Soltero.

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