Semapa: 65 toneladas de peixe de primeira na Semana Santa para consumidor baixa renda
Sessenta e cinco toneladas de peixe (água salgada e doce) serão disponibilizadas à população de menor aquisitivo de São Luís durante o período da Semana Santa. A ação faz parte dos planos da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) para regular o abastecimento de pescado na temporada e o aumento dos preços dos peixes.
A maior parte do pescado comercializado vem do litoral
ocidental do Maranhão e assim como em outros anos tem como peixe mais vendido a
pescada amarela. Quem tem costume de comprá-lo sabe bem que até fevereiro o
quilo custava algo em torno de R$ 20. Agora é encontrada por até R$ 25.
A explicação para esta prática é exatamente o que a
maioria dos vendedores já sabe de “cor e salteado”: o aumento natural do
consumo devido à tradição católica de não comer carne vermelha nessa data o que
acaba por elevar os preços dos pescados. O movimento ainda não é o esperado
pelos vendedores, mas a expectativa da maioria é de que as vendas dobrem
durante as próximas semanas.
No Mercado do Peixe, o maior centro de vendas de pescado
em São Luís, o consumidor vai ter que gastar mais para conseguir manter a
tradição. Alguns consumidores, que costumam ir ao mercado, perceberam um leve
aumento nos valores. “Todo ano é isso. Chegou semana santa tudo fica mais
caro”, argumentou dona Arlete Costa, enquanto comprava pescado nas bancas
localizadas no bairro da Liberdade.
De acordo com os comerciantes, como João Lobato, 51 anos,
dependendo da oferta, o preço ainda pode subir. “Sempre nesse período o peixe
fica mais caro, pois a procura é grande. Às vezes não dá para quem quer”, disse
o vendedor que alertou sobre o aumento no preço dos frutos do mar e demais
opções de peixes. “Hoje a pescada está nesse valor (R$ 25), mas caro mesmo vai
ficar o sururu e o camarão – vendidos hoje por R$ 20 e R$ 27 o quilo”,
destacou.
Com a possibilidade de um aumento no preço dos pescados,
muita gente prefere fazer estoque antes que o almoço da Semana Santa fique mais
caro, explica vendedor de peixe Edvaldo de Jesus, 45 anos. “O aumento no preço
nunca é um bom negócio para gente vende peixe. Algumas pessoas compram, mas
outras preferem evitar. Por isso mantenho um preço justo e de acordo com meu
produto”, afirmou. (Michel Souza - O Imparcial).
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